terça-feira, 26 de abril de 2011

A família da CGD em Coimbra

No fim-de-semana de 16 e 17 de Abril, a família motard da Caixa Geral de Depósitos, esteve mais uma vez reunida em convívio.
Desta vez a região escolhida foi a de Coimbra.
Motivo para o efeito, o facto de no domingo se realizar naquela cidade “Menina e Moça”, o Dia do Motociclista de 2011, numa organização da Federação de Motociclismo de Portugal.

Considerando que o tempo na altura estava uma autêntica maravilha para a prática do motociclismo, tudo faria prever que a afluência de adeptos da modalidade poderia bater o recorde de anos anteriores.
Os órgãos de comunicação social previam aproximadamente cerca de 30.000 motos. Penso que foi superado e em grande escala.
Comparando com outros encontros, diria na minha perspectiva que poderiam lá estar mais ou menos entre 35 a 40 mil motos.
Basta dizer que o queimódromo estava totalmente repleto de motos. As estradas e passeios nas redondezas, com especial destaque para o Convento de Santa Clara A Velha, estavam também a romper pelas costuras.
O facto de Coimbra ser um ponto central na geografia nacional, em muito contribuiu para este sucesso. Assim sendo, só há que endereçar os sinceros parabéns pelo êxito conseguido, à Federação e ao Moto Clube do Centro que foi o seu braço direito na organização deste dia.

De acordo com o programa definido pela secção de motociclismo da CGD, o encontro dos presentes ao evento, estava marcado para o meio-dia naquela cidade. Como sempre à hora indicada lá estávamos. 

Depois da primeira troca de cumprimentos e abraços rumou-se em direcção ao restaurante para o primeiro repasto.
Com as motos estacionadas, dirigimo-nos a pé em direcção ao convento de Santa Clara A Velha, mesmo em frente ao restaurante, aproveitando assim para o desgaste inicial.




Foi uma visita não guiada, mas de um valor cultural muito significativo, pois o vídeo apresentado logo no início, facilitou o resto da viagem na sua compreensão/interpretação.
Depois de um refresco para as gargantas, já que o calor era intenso, fomos apanhar as nossas “montadas” e a caminho do outro lado da cidade, parte alta junto à Universidade, para a visita ao Museu Nacional de Machado de Castro.

Foi uma visita simplesmente excelente. Eu que resido parcialmente naquela cidade, desconhecia a beleza daquele espaço e o seu valor arquitectónico. Foi uma surpresa para todos, aventuro-me a afirmar. O que se encontra ali inserido naquele espaço de uma época tão antiga, merece uma segunda visita e aconselha-se a quem ainda o desconhece completamente.

Ali juntou-se ao grupo a equipa feminina de Lisboa, Angelina e Ilda.  
Para celebrar, digo eu, o Pacheco foi à sua moto e abancou-se com várias chouriças, um paio de carne, pão da aldeia dele e um vinho verde rosé geladinho. O banquete foi mesmo nas escadas da Universidade. Não havia transeunte ou automobilista que não deitasse uma vista de olhos ao nosso manjar. Mas só isso, nada de convites não fossem por aí aceitar e depois era uma complicação dos diabos.

Com o avançar dos ponteiros do relógio e o restaurante do Zé dos Ossos à nossa espera, havia necessidade de ir até ao hotel fazer o “check-in”.
Às 20 e qualquer coisa depois de um banho rápido e mudança de roupa, lá estávamos plantados à porta para chupar um ossito e mais qualquer coisa. Foi bom e acolhedor, ainda por cima com a simpatia do dono que estava sempre com uma piadinha para o grupo. Aconselha-se.
Como tudo fica tão perto de tudo, fomos a pé de novo para o outro lado e outra vez para o queimódromo assistir ao espectáculo oferecido pela GNR e o seu carrossel motard.
Digno de ver quando for possível. Houve momentos arrepiantes com o cruzamento cruzado de motos, a uma velocidade estonteante. Só a experiência pode levar àquele sucesso. Parabéns também para o Grupo da GNR.
Entretanto o Padre José Fernando, padre motard que no dia seguinte celebraria a missa, encontrava-se naquele espaço de feira a autografar o seu livro para todos os que o adquiriram. Foi a oportunidade de o rever depois de umas semanas antes ter estado na sua terra e conversarmos um pouco.
A seguir à actuação da GNR, houve música ao vivo por uma banda de Coimbra, a RED. Depois de uns passos de dança e o abanar de cabeças, era chegada a hora do recolher obrigatório dos esqueletos para no dia seguinte estarmos em plena forma.

O domingo acordou solarengo e com uma temperatura excelente.
Foi a vez da família Rodrigues do norte se juntar ao grupo.
Viajou-se até à zona alta de novo para uma visita ao Jardim Botânico.

Enquanto uns foram visitá-lo, outros, aqueles que já lá estiveram mais do que uma vez, aproveitaram para ficar a guardar as motos na esplanada do café.
Porque convinha levar as motos para o recinto onde iria decorrer a Santa Missa o mais rápido possível a fim de conseguirmos um bom lugar, voltou-se de novo ao outro lado do Mondego, para ali as estacionarmos antes do almoço.

Como o restaurante escolhido ficava mesmo em frente, o andar a pé foi uma opção. Com a chegada do casal Mesquita à hora do repasto, a nossa mesa, com o pessoal todo rondou as 23 pessoas.

A seguir ao almoço e com um compasso de espera de meia hora sensivelmente, eis que aparece a procissão vinda da igreja de Santa Cruz, com os estandartes dos diversos Moto Clubes presentes, além dos andores de S. Rafael e Rainha Santa Isabel.

Também a xaranga da GNR se associou à procissão, à semelhança de anos anteriores.

Integrámo-nos, e lá fomos para o parque onde se iria celebrar a Santa Missa.
Como sempre e esperemos que durante mais tempo, o padre José Fernando celebrou a Eucaristia.

É uma tradição que sabemos estar ameaçada. O motivo é que este maravilhoso homem padece de um cancro renal numa fase já muito adiantada. Há cerca de dois meses, já ele me confessava na localidade onde reside, que “...esperava aguentar até ao Dia do Motociclista”. Deus ouviu-o e nós agradecemos.
Não há palavras que possam descrever com exactidão tudo o que se passou durante a celebração da Santa Missa. É um momento único, vivido entre todos com aquele padre. Bastava ouvir o Victor Agostinho, “...não volto a perder um dia destes.”

Finalizada a cerimónia, cada um começou a rumar a seu lado.

 Nós grupo CGD, fomos ainda até ao restaurante beber umas águas antes de iniciarmos a viagem de regresso a casa. Fizeram-se as despedidas e já se falou de Beja, próximo encontro previsto para Maio. 

Pelo que me foi dado conhecimento, todos chegamos bem. Óptimo.

Uma palavra de felicitações para a secção de motociclismo por mais uma iniciativa louvável.
Também o Jorge Martins, merece destaque pelo facto de neste caso ter sido ele o anfitrião em receber e de que maneira.

Finalmente, um alerta. Para o Rui Chaves.
Amigo, aperta o cinto que o pessoal está a caminhoí.