segunda-feira, 22 de maio de 2017

SABROSA 2017 . Grupo Motard CGD

CRÓNICA DE UM DIA

Neste recém passado fim de semana – dias 20 e 21 – foi cumprido mais um evento moto turístico que decorreu de acordo com o plano previamente traçado pelo GRUPO MOTARD DA CGD, por terras do Concelho de Sabrosa.
Sobraram os motivos de interesse que fizeram deste evento um dos mais participativos de sempre. Destacam-se, porém, alguns desses motivos, de entre os quais prevalece a simpatia das gentes locais em geral e em particular do colega António Morgado e esposa, os anfitriões e do Snr. Presidente do Município de Sabrosa que fez questão de se deslocar à Praça estabelecida para ponto de encontro dos participantes no evento, cumprimentando-os e deixando vincado um simpático registo de boas vindas.
Mas, se outros motivos não bastassem, outros de natureza histórica/cultural se apresentavam certamente relevantes para que este evento tivesse registado tão elevada participação, tais como o facto de Sabrosa ser Terra de Fernão de Magalhães e de Miguel Torga e de se enquadrar na Região Demarcada do Douro, classificada como Património Mundial, para além de ser Terra rica em vestígios da época do Paleolítico.
Cumpridos os cumprimentos da praxe, os participantes rumaram a Souto Maior, Freguesia do Concelho de Sabrosa, onde foram recebidos pelo Snr Presidente da Junta daquela Freguesia, que simpaticamente nos falou e nos deu a conhecer a mina de volfrâmio ali existente, entretanto desactivada em 1983. Com a mesma simpatia ofereceu aos participantes no final duma breve caminhada pelo interior da mina, um saco/lembrança contendo uma garrafinha de vinho generoso, um emblema da Freguesia de Souto Maior e um copo em porcelana de barro alusivo àquela Freguesia.
Cumprida a visita á mina de Volfrâmio, seguiram os participantes para a Ermida de Nª. Snra. da Saúde, onde ganharam saúde bebendo a fresca água que generosamente brotava de duas bicas ali existentes.
Rumaram depois os participantes para uma zona rural e elevada onde os esperava uma Arqueóloga local que, com a mesma simpatia já referida, falou da existência dos vestígios da época do Paleolítico ali encontrados, em especial dos dólmens, antas, ou mamonas, monumentos construídos com pesadas lajes de pedra para o culto dos mortos. Daí o Grupo seguiu para o Pólo Arqueológico de Garganta onde a mesma Arqueóloga continuou a sua dissertação sobre os vestígios da época do Paleolítico, bem presentes no concelho de Sabrosa, as já referidas mamonas, os castros, objetos e outros aspetos relacionados com a dinâmica para arrastar as pesadas lajes e o “modus operandi” dos povos daquela época.
E cumprida esta etapa de aprendizagem histórica, o Grupo seguiu para o almoço no Restaurante “O Constantino”, onde os participantes foram também simpaticamente recebidos e servidos.
Serenado o apetite e a sede o Grupo seguiu para o alto de Galafura, local onde foi erguida a Ermida de S. Leonardo, local predileto de Miguel Torga para meditar e escrever sobre a beleza patenteada pelos socalcos do Douro, sobre as gentes que os trabalhavam e sobre o majestoso rio servindo de adorno à magnífica paisagem. Não apetecia sair daquele local aprazível, propício à obtenção de belas fotos, mas o tempo, sempre inexorável, lembrava que era tempo do regresso a casa de alguns participantes e dos restantes rumarem ao hotel para um merecido banho e descanso.
Foi mais um dia recheado de bons momentos e, certamente, o dia seguinte terá decorrido com a mesma agradabilidade.
Fica um agradecimento aos seccionistas do Grupo e em especial ao anfitrião António Morgado que, com a sua constante boa disposição e disponibilidade, tudo fez para que o evento decorresse nos limites da perfeição.

Autor do texto: José Manuel Mota Ascenso.