O concelho de Montalegre no
distrito de Vila Real e sub-região do Alta de Trás-os-Montes, foi palco de uma
visita do Grupo Motard da Caixa Geral de Depósitos no fim-de-semana de 21 e 22
do corrente mês.
Foi escolhido para esta visita,
por ser um concelho raiano abrangendo uma área de 806,19 km2 e com qualquer
coisa como 35 freguesias, além de uma paisagem espectacular nesta época do ano.
Um dos maiores de Portugal. Conjuntamente com Boticas faz parte das terras de
Barroso. Parte da sua área geográfica (26,26%) faz parte do Parque Nacional da
Peneda-Gerês.
Esta viagem/visita estava programada
desde o início do ano no Plano Anual de Actividades deste Grupo.
Como habitualmente deslocaram-se
até àquela vila transmontana amigos vindos dos mais diversos pontos do país,
como Lisboa, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Viseu, Braga, Bragança e Porto.
Digamos que conseguimos reunir 26 pessoas no total.
Sempre que temos encontro marcado,
o entusiasmo que nos envolve uns dias antes é algo indescritível. É a
preparação da roupa que temos que levar para dois ou três dias; é a preparação
do veículo, nomeadamente todo o sistema de segurança que o envolve; é a escolha
do caminho que temos que optar para o encontro e se eventualmente vamos
primeiramente encontrar-nos com um outro amigo para partilhar a nossa viagem,
enfim….
Peripécias durante a ida como na
vinda são mais que muitas e que acabam por contribuir para conversas durante os
dias seguintes.
À hora definida pela Secção do
Grupo de Motociclismo, lá estávamos todos no restaurante para o almoço de
sábado. E que almoço. Entradas diversas com presunto, queijo, salgadinhos e
rissóis. Depois uma bela de uma feijoada com tudo incluindo. A seguir um cozido
à portuguesa bem recheado. Depois ainda houve tempo para uns bifinhos de carne
barrosã. Tudo isto bem regadinho com um bom vinho branco e tinto além de águas.
A finalizar não podíamos deixar de provar as sobremesas transmontanas (que
maravilha) e um cafezinho.
Recomendamos o restaurante
Albufeira em Lama da Missa, freguesia de Viade de Baixo.
Tivemos que desgastar um pouco a
refeição pelo que fomos dar um pequeno passeio até à albufeira que fica mesmo
ali a uns poucos de metros, a do Alto Rabagão. Como somos pessoas habituadas ao
relacionamento fácil entre outros viajantes, logo encetámos conversa com dois
casais de franceses que por ali também viajavam, mas em caravana.
Mas lá tivemos que embarcar a
caminho de Montalegre para uma visita ao Ecomuseu de Barroso – Espaço Padre
Fontes. Foi uma visita muito esclarecedora e muito cultural. Tivemos oportunidade
de ficar a saber alguns pormenores sobre o Congresso de Medicina Popular que se
celebra em Vilar de Perdizes no primeiro fim-de-semana de Setembro; na
celebração de todas as sextas-feiras 13 e a sua célebre queimada; da feira do
prémio do gado em Montalegre e em Salto e as respectivas chegas de bois daquela
região, entre outros eventos ao longo de todo o ano.
Como o fim do dia chega já um
pouco mais cedo nesta época do ano, chegou também a hora de ir até ao Hotel
Montalegre e recolher ao quarto para uma boa banhoca e mudança de roupa para
nos prepararmos para o jantar. Já sabia bem depois de mais de 4oo quilómetros
percorridos para a maioria.
O restaurante seleccionado para o
repasto da noite foi o Castelo (mesmo junto ao castelo de Montalegre), monumento
que já tínhamos visto antes da visita ao Ecomuseu.
Num ambiente muito acolhedor e
com uma simpatia das pessoas da casa, lá nos serviram mais umas postas de carne
barrosã. Ninguém protestou. Trata-se de uma carne saborosíssima sendo bem confeccionada.
Foi o caso.
Claro que havia que desgastar de
novo o manjar nocturno. Nada melhor do que um passeio pelas ruas históricas da
Vila e visitas a um ou outro local onde pudéssemos beber umas aguinhas fresquinhas,
antes do recolher obrigatório.
No domingo pela manhã (7:30H) a
melhor opção, para alguns, foi a de ir dar um mergulho na piscina interior com
água quentinha, antes do pequeno-almoço.
Após a primeira refeição da
manhã, que deve ser consistente como dizem os especialistas, foi o de voltarmos
a montar nas nossas montadas e colocarmo-nos a caminho de Pitões das Júnias,
freguesia mais a norte do concelho, para uma visita geral. Desde o Ecomuseu de
Barroso – Pólo de Pitões, aos vestígios da Aldeia Velha de Juriz até às ruínas
do Mosteiro de Santa Maria das Júnias e freguesia em si, foi uma manhã bem
passada com um Sol a brindar-nos como que a agradecer a visita feita àquelas
terras nordestinas.
Dali até ao restaurante escolhido
para almoçar no domingo, ainda eram uns bons quilómetros. A organização decidiu
fazer uma pequena incursão na vizinha Espanha. Foi muito bonito, pois as
estradas com todas aquelas curvas para as motos não havia melhor. Pena foi que a Ilda, que viajava em carro, chegou
à localidade espanhola de Maus de Salas, província de Ourense e não conseguiu
passar de tão estreitas que eram as ruas e uma ponte onde mesmo as nossas motos
couberam à tangente. Mas o Eduardo Mendonça deu a volta com a Ilda num ápice e
foi logo ter connosco mais à frente.
Não obstante este pequeno
contratempo, assim que entrámos de novo em Portugal pela fronteira que liga à
Vila do Gerês, fomos surpreendidos por uma equipa do Parque Nacional que nos
obrigou a parar para cada moto e carro pagarem 1,50€, como taxa de acesso à
Mata de Albergaria, de acordo com a Portaria nº 31/2007 de 8 de Janeiro.
Segundo a explicação que nos foi dada, este montante é para conservação do
mesmo parque. Admite-se, mas já agora que componham a estrada que o atravessa,
pois encontra-se não em mau, mas em péssimo estado.
A chegada ao restaurante para o
almoço contou com cerca de duas horas de atraso. Sem problemas, foi o
comentário da responsável. Para isso muito contribuíram as presenças
antecipadas da Xana e do Zé Luís que foram logo mais cedo para lá.
Sabendo que havia muitos
quilómetros para fazer de regresso a casa, foram escolhidos uns filetes de
peixe com molho de camarão e puré. Saborosíssimo. Depois da sobremesa e café e
alguns minutos de conversa na esplanada do restaurante, lá iniciámos a viagem.
Até Braga era para viajarmos
todos juntos. Era. Depois de percorridos alguns 60 quilómetros até Braga,
tivemos que voltar atrás pois um incêndio de grandes proporções impediu-nos de
prosseguir viagem. O Pedro e o Emanuel lá nos levaram por outra estrada.
Chegados a Braga já com muito
atraso, foram feitas as despedidas de todos os que ficavam por ali e rumou-se
até à A3 para apanharmos depois a A1. Chegados à zona de Aveiro foram as
despedidas do pessoal que viajava até Sul com os que viajavam para Oeste.
No final do dia e por via
telefónico, ficou-se a saber que toda a gente chegou bem, embora um pouco
tarde. Mas não houve problema porque o tempo também ajudou. Esteve uma
temperatura ideal para percorrer os 700/800 quilómetros do fim-de-semana.
Venha o próximo já para nos dias
19 e 20 de Outubro na região de Santarém, Almeirim e Cartaxo.
Aqui estaremos para vos dar
conhecimento desse fim-de-semana.