sábado, 28 de setembro de 2013

Por terras de Barroso.


O concelho de Montalegre no distrito de Vila Real e sub-região do Alta de Trás-os-Montes, foi palco de uma visita do Grupo Motard da Caixa Geral de Depósitos no fim-de-semana de 21 e 22 do corrente mês.
Foi escolhido para esta visita, por ser um concelho raiano abrangendo uma área de 806,19 km2 e com qualquer coisa como 35 freguesias, além de uma paisagem espectacular nesta época do ano. Um dos maiores de Portugal. Conjuntamente com Boticas faz parte das terras de Barroso. Parte da sua área geográfica (26,26%) faz parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Esta viagem/visita estava programada desde o início do ano no Plano Anual de Actividades deste Grupo.
Como habitualmente deslocaram-se até àquela vila transmontana amigos vindos dos mais diversos pontos do país, como Lisboa, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Viseu, Braga, Bragança e Porto. Digamos que conseguimos reunir 26 pessoas no total.
Sempre que temos encontro marcado, o entusiasmo que nos envolve uns dias antes é algo indescritível. É a preparação da roupa que temos que levar para dois ou três dias; é a preparação do veículo, nomeadamente todo o sistema de segurança que o envolve; é a escolha do caminho que temos que optar para o encontro e se eventualmente vamos primeiramente encontrar-nos com um outro amigo para partilhar a nossa viagem, enfim….
Peripécias durante a ida como na vinda são mais que muitas e que acabam por contribuir para conversas durante os dias seguintes.
À hora definida pela Secção do Grupo de Motociclismo, lá estávamos todos no restaurante para o almoço de sábado. E que almoço. Entradas diversas com presunto, queijo, salgadinhos e rissóis. Depois uma bela de uma feijoada com tudo incluindo. A seguir um cozido à portuguesa bem recheado. Depois ainda houve tempo para uns bifinhos de carne barrosã. Tudo isto bem regadinho com um bom vinho branco e tinto além de águas. A finalizar não podíamos deixar de provar as sobremesas transmontanas (que maravilha) e um cafezinho.
Recomendamos o restaurante Albufeira em Lama da Missa, freguesia de Viade de Baixo.
Tivemos que desgastar um pouco a refeição pelo que fomos dar um pequeno passeio até à albufeira que fica mesmo ali a uns poucos de metros, a do Alto Rabagão. Como somos pessoas habituadas ao relacionamento fácil entre outros viajantes, logo encetámos conversa com dois casais de franceses que por ali também viajavam, mas em caravana.
Mas lá tivemos que embarcar a caminho de Montalegre para uma visita ao Ecomuseu de Barroso – Espaço Padre Fontes. Foi uma visita muito esclarecedora e muito cultural. Tivemos oportunidade de ficar a saber alguns pormenores sobre o Congresso de Medicina Popular que se celebra em Vilar de Perdizes no primeiro fim-de-semana de Setembro; na celebração de todas as sextas-feiras 13 e a sua célebre queimada; da feira do prémio do gado em Montalegre e em Salto e as respectivas chegas de bois daquela região, entre outros eventos ao longo de todo o ano.
Como o fim do dia chega já um pouco mais cedo nesta época do ano, chegou também a hora de ir até ao Hotel Montalegre e recolher ao quarto para uma boa banhoca e mudança de roupa para nos prepararmos para o jantar. Já sabia bem depois de mais de 4oo quilómetros percorridos para a maioria.
O restaurante seleccionado para o repasto da noite foi o Castelo (mesmo junto ao castelo de Montalegre), monumento que já tínhamos visto antes da visita ao Ecomuseu.
Num ambiente muito acolhedor e com uma simpatia das pessoas da casa, lá nos serviram mais umas postas de carne barrosã. Ninguém protestou. Trata-se de uma carne saborosíssima sendo bem confeccionada. Foi o caso.  
Claro que havia que desgastar de novo o manjar nocturno. Nada melhor do que um passeio pelas ruas históricas da Vila e visitas a um ou outro local onde pudéssemos beber umas aguinhas fresquinhas, antes do recolher obrigatório.
No domingo pela manhã (7:30H) a melhor opção, para alguns, foi a de ir dar um mergulho na piscina interior com água quentinha, antes do pequeno-almoço.
Após a primeira refeição da manhã, que deve ser consistente como dizem os especialistas, foi o de voltarmos a montar nas nossas montadas e colocarmo-nos a caminho de Pitões das Júnias, freguesia mais a norte do concelho, para uma visita geral. Desde o Ecomuseu de Barroso – Pólo de Pitões, aos vestígios da Aldeia Velha de Juriz até às ruínas do Mosteiro de Santa Maria das Júnias e freguesia em si, foi uma manhã bem passada com um Sol a brindar-nos como que a agradecer a visita feita àquelas terras nordestinas.
Dali até ao restaurante escolhido para almoçar no domingo, ainda eram uns bons quilómetros. A organização decidiu fazer uma pequena incursão na vizinha Espanha. Foi muito bonito, pois as estradas com todas aquelas curvas para as motos não havia melhor.  Pena foi que a Ilda, que viajava em carro, chegou à localidade espanhola de Maus de Salas, província de Ourense e não conseguiu passar de tão estreitas que eram as ruas e uma ponte onde mesmo as nossas motos couberam à tangente. Mas o Eduardo Mendonça deu a volta com a Ilda num ápice e foi logo ter connosco mais à frente.
Não obstante este pequeno contratempo, assim que entrámos de novo em Portugal pela fronteira que liga à Vila do Gerês, fomos surpreendidos por uma equipa do Parque Nacional que nos obrigou a parar para cada moto e carro pagarem 1,50€, como taxa de acesso à Mata de Albergaria, de acordo com a Portaria nº 31/2007 de 8 de Janeiro. Segundo a explicação que nos foi dada, este montante é para conservação do mesmo parque. Admite-se, mas já agora que componham a estrada que o atravessa, pois encontra-se não em mau, mas em  péssimo estado.
A chegada ao restaurante para o almoço contou com cerca de duas horas de atraso. Sem problemas, foi o comentário da responsável. Para isso muito contribuíram as presenças antecipadas da Xana e do Zé Luís que foram logo mais cedo para lá.
Sabendo que havia muitos quilómetros para fazer de regresso a casa, foram escolhidos uns filetes de peixe com molho de camarão e puré. Saborosíssimo. Depois da sobremesa e café e alguns minutos de conversa na esplanada do restaurante, lá iniciámos a viagem.
Até Braga era para viajarmos todos juntos. Era. Depois de percorridos alguns 60 quilómetros até Braga, tivemos que voltar atrás pois um incêndio de grandes proporções impediu-nos de prosseguir viagem. O Pedro e o Emanuel lá nos levaram por outra estrada.
Chegados a Braga já com muito atraso, foram feitas as despedidas de todos os que ficavam por ali e rumou-se até à A3 para apanharmos depois a A1. Chegados à zona de Aveiro foram as despedidas do pessoal que viajava até Sul com os que viajavam para Oeste.
No final do dia e por via telefónico, ficou-se a saber que toda a gente chegou bem, embora um pouco tarde. Mas não houve problema porque o tempo também ajudou. Esteve uma temperatura ideal para percorrer os 700/800 quilómetros do fim-de-semana.
Venha o próximo já para nos dias 19 e 20 de Outubro na região de Santarém, Almeirim e Cartaxo.
Aqui estaremos para vos dar conhecimento desse fim-de-semana.