O mês de Maio é normalmente por
excelência um dos que não chove muito, não há muito calor, o vento sopra fraco
e os UVs são de valor muito baixo.
Assim foi o escolhido para uma
viagem de fim-de-semana do nosso Grupo ao Algarve, atravessando o tão conhecido
Alentejo.
Não podíamos ter escolhido
melhor. Nem o fim-de-semana, nem as estradas para todo o circuito. Que o digam
todos aqueles que partilharam estes dois dias.
Ponto de encontro marcado para
Alcácer do Sal, já a meio da viagem, por volta do meio-dia. Todos chegaram ao
mesmo tempo. O Rui Chaves porque estava mais próximo, chegou à hora indicada
para o início do repasto, no restaurante O Brazão. E que repasto.
Entradas de polvo vinagreta com
migas. Caldo de peixe e febras de porco salteadas com migas.
Para finalizar um pudim de
chocolate banhado e gelado de morango. Ummmmm………
O Guilherme Alencar que o diga.
Comeu até atestar. Dizia ele que a sua moto era a que mantinha uma média de
consumo superior.
Preparados para a segunda metade
da viagem, onde tínhamos que atravessar toda a serra do Caldeirão com as tais
365 curvas (eu contei mais uma), despedimo-nos de dois amigos que fizeram
questão de ir almoçar connosco, mas que por questões de compromissos pessoais importantes,
tiveram que nos deixar. O Rui Chaves e o Jorge Martins.
Os primeiros quilómetros foram
feitos como sempre os fazemos. Com a moderação que estas coisas de motos
exigem. Os restantes, da mesma forma. Apenas em meia dúzia de quilómetros e na
zona mais sinuosa, quisemos testar os pneus, tanto o Pedro Cerqueira como o Zé
Augusto. Ficaram aprovados….os pneus.
A chegada a Faro via Olhão terminou
no já célebre marco do km 737. Ficou registada.
Já necessitávamos de refrescar as
gargantas, pelo que fomos fazê-lo num dos bares mais movimentados naquela
cidade e numa zona privilegiada. Mesmo tão longe os amigos do nosso Grupo sabendo
que íamos estar lá, também quiseram marcar presença e apareceram para saborear
uma água. Foram eles o casal Cristina e Rui Araújo, e o rebento de ambos, a
Lara.
Como havia que ainda avançar até
ao destino de repouso, Portimão, partimos nessa direcção.
Chegados ali fomos directamente
ao Hotel para tomar um duche rápido e irmos comer um peixinho grelhado. Aqui
fizeram questão de nos acompanhar um casal amigo do Pedro Cerqueira que por ali
andavam de férias.
Depois do jantar um passeio pela
marginal para desgastar e conversar um pouco sobre o dia que estava praticamente
no seu final.
Então não é que na nossa linha de
passagem se encontrava uma geladaria? Lá se pecou.
A manhã do dia seguinte acordou
com um Sol vivo e a sorrir para nós. Maravilhoso.
Pequeno-almoço tomado e toca a
levar as nossas motos por essa estrada fora, mais 60 kms a caminho de Sagres,
que é como quem diz até ao Cabo de S. Vicente.
A visita rápida, as fotos
habituais, uma ou outra compra de recordações e lá voltámos à estrada a caminho
de Sines, local onde nos esperava o próximo encontro gastronómico. Uma estrada
fantástica com curvas muito abertas e bom tapete. Foi rodar, rodar e rodar.
Lembrámo-nos de muitos amigos que gostariam de lá ter estado a “saborear” toda
aquela paisagem.
O almoço decorreu no restaurante
Cais da Estação. Aquele que foi antigamente o cais da estação de caminho de
ferro local, agora transformado em restaurante. E que restaurante!
A Paula e o Zé Cisneiro já tinham
escolhido o repasto, aconselhados por amigos.
Arroz de lingueirão com choco
frito. Um bom branco, uma cervejinha geladinha e uma sangria, acompanharam na
bebida. Finalizou-se com sobremesas a gosto.
Como havia muitos quilómetros
ainda para fazer, pelo menos para os que iam em direcção ao norte, o melhor foi
fazer ali as despedidas para os que viajavam para Lisboa e arredores.
No final do dia os telemóveis
deram-nos conhecimento de que todos chegaram bem. Isso foi o mais importante.
Não tivemos qualquer percalço.
Foi sem dúvida um dos melhores
passeios por nós efectuados.
Aguardamos já com entusiasmo a
próxima viagem, a Internacional.