quarta-feira, 25 de junho de 2014


Passeio Internacional CGD 2014 

Prefácio
Inserida na agenda anual da Caixa de Geral de Depósitos, a viagem internacional de 2014 será ao norte de Espanha, com visita à costa cantábrica, Astúrias e parque nacional dos Picos de Europa, um dos santuários dos moto-turistas europeus. 

5 de Junho de 2014 (Dia 0)

 
Este dia serviu para alguns elementos do grupo, nomeadamente o David Cabecinhas, Rui Chaves, António Silva e Delfina, adiantarem alguns kms, permitindo-lhes fazer o dia seguinte mais descansados.
Pernoitando em Vilar Formoso, tiveram a excelente companhia do Sr. Coelho durante o jantar. 

6 de Junho de 2014 (Dia 1 - Ligação)

 
Esperado com muita ansiedade pelos membros que tinham confirmado a sua presença, chegou do dia D.
O 1º ponto de encontro proposto foram as bombas de gasolina da Cepsa em Fuentes de Oñoro, onde às 9h se encontraram religiosamente o grupo que tinha pernoitado em Vilar Formoso, bem como o Sérgio Sousa e Cristina. Incrivelmente, o Rui Chaves estava presente à hora marcada!!!
Começa bem o passeio. Cumprimentos da praxe, fotos a atestar a passagem, encher os depósitos (das motos) e ala que ainda tínhamos que ir até Salamanca.
1º paragem ao fim de 112kms para conhecer ou relembrar Salamanca (http://www.salamanca.es/pt/). Com a visita guiada por um verdadeiro cicerone de seu nome Sérgio Sousa, os visitantes deambularam pela Plaza Mayor e respectivo centro histórico, passando pelas catedrais velha e nova (onde viram o leão a comer gelado e o astronauta na frontaria) bem com a Torre dos Jerónimos que separa a catedrais. Passagem pela Casa das Conchas, pátio das Escuelas, onde observaram a famosa rã, Universidad Pontifícia entre outros.
O tempo escoava e o encontro marcado com o Pedro Cerqueira, Alexandra Soares bem como a sempre encantadora Mara e a bem-disposta Sónia Barbosa em Tordesillas (http://www.tordesillas.net/) pelas 12h, obrigava a calcorrear novamente a estrada.
Com algum atraso, a invasão portuguesa e encontro de companheiros, registou-se na praça maior, para a 1ª foto de grupo com a bandeira da CDG, no dia em que se comemoravam 520 anos da assinatura do Tratado de Tordesillas.
Encontrado um sítio aprazível para um almoço volante, num miradouro junto ao Rio Douro, atacou-se o verdadeiro banquete proporcionado pela Xana e a Sónia.
Porque havia ainda muitos kms até Bilbao, tivemos que deixar Tordesillas. O resto da viagem foi sem grande história, apenas com as paragens necessárias e obrigatórias para descansar pernas, atestar motos e comprovar que as CBR 1000 RR conseguiam médias bem baixas, pelo andamento muito regular empreendido. À medida que nos aproximávamos do norte de Espanha, a paisagem plana, seca e amarela ia paulatinamente alterando para começar a imperar o tom verde e a montanha húmida que fazem lembrar os Alpes.
A chegada ao Hostel aconteceu ao final da tarde, depois dos muitos equívocos em cruzamentos, rotundas e entroncamentos, que provaram que Bilbao (http://www.bilbao.net/cs/Satellite?c=Page&cid=3000005415&language=es&pagename=Bilbaonet%2FPage%2FBIO_home) é uma cidade labiríntica e confusa, até mesmo para os GPS. 

7 de Junho de 2014 (Dia 2 – Costa da Cantábria)


 
A manhã nasceu bastante soalheira, contrariando as previsões de céu nublado e de alguma chuva, bastante frequentes no norte de Espanha. A saída do Hostel pelas 10h da manhã permitiu visitar o centro de Bilbao, o famoso museu do Guggenheim (http://www.guggenheim-bilbao.es/) e o respectivo “cãoteiro” puppy.
A manhã avançava, o calor apertava e a visita agendada a alguns lugares obrigava o pessoal a montar as cavalgaduras.
Como uma das máximas deste grupo da CGD é enriquecer-se culturalmente, não podia faltar a passagem pela Ponte de Vizcaya (http://www.puente-colgante.com/index.php/es/), ponte única no mundo pela sua singularidade.
O almoço marcado para Castro de Urdiales (http://www.turismocastrourdiales.net/portal/turcastro.jsp?codResi=2), não se realizou, pois a ansia de chegar a Santander era tal, que o grupo separou-se.
Como amigo não empata amigo, os adiantados foram para Santander e o restante grupo deambulou pela estrada nacional junto à deslumbrante costa cantábrica e golfo da Biscaia, onde se almoçou em Islares, novamente de forma volante. A maneira menos onerosa e mais rápida.
Bucha atestada toca de concluir o trajecto até Santander (http://cantabria.costasur.com/pt/santander.html) e reencontrar os mais adiantados. Ainda nos sentimos tentados em apanhar o ferry para Plymouth e visitar o sul de Inglaterra, mas por motivos de compromissos com o Mendonça, não embarcámos.
O próximo ponto de visita foi Santillana del Mar (http://www.spain.info/en/que-quieres/ciudades-pueblos/otros-destinos/santillana.html) a tal vila das três mentiras - 1ª não é Santa, 2ª não é plana e 3ª não está junto ao mar - património da humanidade.
Valeu pela visita à povoação, ao mosteiro local (colegiata) e pela calorosa recepção que o Mendonça nos proporcionou. Finalmente estava completo o grupo de peregrinos aos Picos de Europa. Continuamos a percorrer a estrada marginal em direcção a Llanes, passando por belas localidades como Comillas e San Vicente de la Barquera, terminando a jornada no simpático Hostel El Cantón (http://www.hotelelcanton.com/fotografias.htm). Junto ao porto de Llanes (http://www.llanes.com/), jantamos vários pratos e degustámos a famosa sidra asturiana. Como qualquer leigo que se preze e bom desconhecedor do truque de servir a sidra, foram bebidas várias garrafas sempre retirando a tampa com um formato esquisito que não percebíamos para que servia!!!! Cansados, bem comidos e bebidos, o corpo clamava por uma boa cama, para retemperar para o dia seguinte, onde entraríamos finalmente nos afamados Picos de Europa. 

8 de Junho de 2014 (Dia 3 – Finalmente Picos)


 
Mais um dia soalheiro e esplendido para a prática do moto-turismo. As conversações que o Cabecinhas andava a ter com São Pedro estavam a resultar!!!
Percorrida a distância que nos separava da porta de entrada dos Picos de Europa, parou-se em Cangas de Onís (http://www.cangasdeonis.com/) junto à famosa ponte romana, travando conhecimento com um hindu que estava a estudar em Espanha e se fazia deslocar numa scooter! Fantástico.
Mais fotos da praxe a atestar a nossa passagem, depressa se subiu até aos Lagos Ercina e Enol.
Finalmente chegados ao topo de um dos ícones do paraíso moto-turístico do continente europeu. A quantidade de motos a chegar e a partir era mesmo brutal, qual Cabo da Roca lá do burgo. Mais fotos, filmes e pelingrafias. O Mendonça como andava a um ritmo próprio e não devia apreciar muito a nossa companhia, decidiu descer primeiro e, como o lugar do almoço volante estava marcado para o parque de estacionamento do Lago Ercina, andou parte do dia desencontrado do resto do grupo.
Descida até à Basílica de Covadonga (http://www.santuariodecovadonga.com/), onde o Mendonça nos proporcionou mais uma recepção triunfal e onde pudemos apreciar as vistas, a Santa Cueva, onde de acordo com a tradição apareceu uma Virgem Santa na Cova e o vale a partir do qual Pelayo começou a reconquista da península Ibérica.
Porque havia mais pontos de interesse a percorrer ou conhecer e um programa a cumprir dirigimo-nos a Poncebos com o intuito de visitar Bulnes e conhecer o famoso funicular, (http://www.verdenorte.com/funicular-de-bulnes) mas passagens de € 21,00 por pessoa, inibiu a malta. Um casal pagaria mais de € 42,00!! Isso dá para muita gasolina. Tivemos oportunidade de confraternizar com um grupo de caminheiros da Caixa Geral de Depósitos que também estava nos Picos de Europa. Como o grupo não é de esmorecer e baixar os braços, decidiu ir até Sotres, bem no interior da cadeia montanhosa. Percorrida a estrada manhosa mas com vistas de cortar a respiração chegou-se a Sotres extasiados e a relatar as peripécias das curvas, nomeadamente do gajo da VTR SP1, que nos ultrapassou e por pouco não tinha seguido em frente num cruzamento!
Bebemos novamente sidra e finalmente percebemos o pormenor da tampa das garrafas! Infelizmente nestes dias as horas passam a correr, tivemos que descer novamente a serra até Cangas de Onís, onde se pernoitou.
A quantidade de portugueses que deambulava pelos Picos era impressionante. Grupos de motos, muitos carros, uma verdadeira invasão tuga. 

9 de Junho de 2014 (Dia 4 – No coração dos Picos)

 
Mais um dia soalheiro, mas ventoso, que prometia diante do percurso previsto. Íamos andar no coração dos Picos de Europa e percorrer uma parte menos explorada turisticamente.
Passagem pelo imperdível Desfiladeiro de los Beyos, na estrada de Riaño. Virámos para a Posada de Valdeón (http://www.valdeon.org/), onde apanhamos uma overdose de curvas e paisagens deslumbrantes. Um vale escondido no meio dos Picos, com uma beleza única e onde o turismo ainda não está massificado. Aqui as estradas estavam em pior estado e o piso degradado dificultou a viagem. Assim que começamos a rolar novamente numa estrada nacional, o andamento melhorou substancialmente, quando numa curva em cotovelo, surge o afamado mirador do cervo. Nova paragem, para foto em grupo, em família e individual nas costas do desgraçado do bicho, já polidas de tanta gente que subiu e tirou a respectiva foto.
Como o próximo ponto de visita era Fuente Dé e porque a fome já apertava, almoçamos junto do mosteiro de Santo Toribio de Liebana (http://www.mosheh.net/toribio/Sto_toribio.htm) onde está um relicário que contém um dos maiores fragmentos de madeira da cruz onde Cristo foi crucificado. Se é verdade não sei, mas que aquilo movimenta muito, é um facto.
Almoçados, pequena passagem pelas brasas e subida até Fuente Dé (http://www.verdenorte.com/fuente-de) num ritmo intenso, face ao excelente piso desta estrada de montanha com curvas abertas.
Como qualquer viajante que deambule pelos Picos, subimos no teleférico, o que nos proporcionou vistas únicas e de uma perspectiva diferente, após uma ascensão de cerca de 800m.
Marcado mais um ponto no mapa, descemos novamente para Potes (http://www.spain.info/en/que-quieres/ciudades-pueblos/otros-destinos/potes.html), onde visitamos o centro histórico.
De Potes rumámos a Riaño (http://www.minube.com/que_ver/espana/leon/riano), onde passaríamos a última noite, com a sensação que o bom estava a acabar rapidamente. 

10 de Junho de 2014 (Dia 5 – O até breve)

 
Depois de vários dias de sol e calor, a manhã acordou nublada, fazendo prever que íamos apanhar chuva. Últimas fotos junto ao embalse de Riaño, outro dos ícones locais, arrancámos com a sensação de uns dias bem passados, mas que poderiam ter sido mais, tendo em conta a vontade de continuar a aventura.
Optámos por entrar em Portugal pela fronteira de Vila Verde da Raia (Chaves), pois assim poderíamos rolar mais tempo juntos. Testados os limites das reservas das motos, (o Cabecinhas andou cerca de 80kms em reserva, o Sérgio fez mais de 30kms também em reserva, tal como as CBR 1000 RR), almoçamos finalmente num restaurante em Portugal, por indicação do Mendonça.
Que bem que soube aquele tradicional bacalhau. A vontade de nos separarmos era pouca depois de tantos kms percorridos e aventuras passadas, mas a vida continua, com a esperança que nos encontraremos muito em breve.
Fica o registo de um fim-de-semana fantástico, passado com verdadeiros companheiros.

 Algumas fotos do passeio:
(As mesmas foram colocadas de modo aleatório e de referir que o autor do texto é o Sérgio Sousa)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epílogo

- Pontos fortes:
·         A camaradagem;
·         A cumplicidade existente no grupo;
·         Os quilómetros percorridos;
·         O tempo;
·         O ambiente local. 

- Pontos fracos:

·         Poucos dias;
·         Muito para visitar.

 

Até breve

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